Os nós foram dados pelo técnico Luizomar de Moura no caso Tandara. De forma sutil e sem nenhum pio, pouco a pouco ele foi fechando a tampa sobre a olímpica Tandara, oposta que vinha carregando Osasco até então. Mas todo mundo viu, de celebridade e monstrona do vôlei mundial, num instante a estrela se apagou com o caso de doping na Olimpíada de Tóquio. Depois disso, o clube de Osasco até chegou a postar mensagem de apoio à camisa 16; na sequência e festejando o título do Campeonato Paulista, Tandara seria também lembrada pelas colegas do Liberatão.
No entanto, o vôlei segue enquanto o caso Tandara vai em modo indefinido. Nesse ínterim e quebrando o silêncio, a oposta voltou a movimentar-se nas redes sociais e também dando entrevistas. Acontece que ela é boca dura, não enrola quando questionada e, então, alguém (com boa intenção ou não), perguntou sobre a trans de Osasco jogando como oposto.
Claro, pergunta para colocar Tandara novamente sob rajadas da polícia ideológica – ela reforçou que é contra trans no vôlei e isso causou reação como era esperado – mais uma vez a olímpica recebe saques de toda parte detonando-a sem dó. Certo, a postura da oposta não bate com o mimimi do vôlei e pronto.
E Osasco? Nessa vibe, prepara um uniforme temático para estreia da Superliga – primeira rodada contra o Fluminense, o elenco com símbolo de gênero que vai contra o dito de Tandara; depois disso, a Secretaria de Esportes manda um torneio de vôlei para essa galera e onde a trans do time posou de rainha.
Então, de forma sutil e sem dizer nada contra Tandara, as ações do Liberatão pesavam cerco sobre ela. Por fim, agora chega a hora da tampa fechada com anúncio da oposta turca Ceren Kestirengöz Kapucu, 28 anos e 1m90. Jogadora sem bagagem internacional, sempre atuando no vôlei turco e muito abaixo do nível Tand. Por fim, atuava no Yeşilyurt que cumpre temporada sofrível no nacional, penúltimo colocado com apenas uma vitória em treze jogos.
Oposta desconhecida e de um timinho, não importa; o caso é que chega com status de estrangeira. Vingando a contratação da Ceren, o técnico Luizomar de Moura finaliza Tandara no Liberatão. E o que resta para a estrela hoje abandonada? Ela aposta na justiça do vôlei e que será absolvida. Não, a estrela não posa de vítima no enquadramento do doping mas defende que o contato foi involuntário.
Agora, sendo declara inocente, o rumo dela no vôlei brasileiro fica praticamente isolado na temporada e o caminho imediato seria o mercado internacional. E em caso de condenação? Tandara não foge dessa raia e diz que ser for suspensa por até quatro anos, pendura as mãos como jogadora e vai montar um time próprio. Isso mesmo, a oposto tem planejamento como gerente esportiva e rascunha essa ideia.