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22 de novembro de 2024
QG Notícias

Brasil sob ditadura inicia relações com China, 50 anos em 2024

As últimas manifestações de extrema direita no Brasil bateram contra o vermelho comunista, ordem que hoje tem a China como principal bandeira. No entanto, foi sob o regime militar em 1974 que os países assinaram relações diplomáticas e essa amizade caminha para 50 anos.

O presidente do Brasil naquele ano era o general Ernesto Geisel, um dos mais durões. Sim, os militares assumiram o governo com o lema de livrar o país das ameaças subversivas e das infiltrações do comunismo; mas justamente no pico do comando e com Geisel pisando forte, aproxima-se da China.

Os países vinham negociando diplomacia desde o século XIX. Nesse ínterim, o surgimento da República Popular da China (1949) deu um stop nas conversas que seriam retomadas 25 anos depois com o generalato brasileiro. Ano a ano e passando por cima de todos conflitos sociais, o Brasil vai no lucro com investimentos do país vermelho que, em 2009, deixaria os Estados Unidos para trás como maior parceiro comercial.

No período Jair Bolsonaro, muitas turbulências nessa balança por conta do extremismo da direita, cenário agora em recuperação com o presidente Luís Inácio da Silva – cem dias de governo e logo cuidou de ir apertar a mão chinesa. O presidente afirma que essa relação com o maior rival dos Estados Unidos não prejudicará nada com Washington, ainda que já esteja fixado que o mercado China-Brasil não será mais por dólar americano mas em moeda local.

O sucesso dessa parceira tem berço em Portugal. Em 1812 o Brasil ainda era colônia e a rainha Maria I estava em terras tupiniquins quando trabalhadores foram trazidos da China para plantio de chá no Rio de Janeiro – após a independência dez anos depois, chegaria a primeira onda de imigração chinesa em São Paulo (1900).

E voltando a 1974 com o presidente militar Ernesto Geisel, a retomada da diplomacia com a República Popular da China deu-se após medida política estratégica do Brasil – romper relações com Taiwan. E sobre o governo Bolsonaro, quando da posse em janeiro de 2019 a China se fez presente com Jí Bǐngxuān, vice-presidente do Comitê da Assembleia Popular Nacional; em maio seguinte, o vice-presidente Mourão visitaria o país comunista, protocolo repetido pelo presidente Bolsonaro em outubro. Na posse de Lula, a China mandou o vice-presidente Wáng Qíshān.

Quanto a ida à China, o presidente Bolsonaro disse que foi apenas por caráter comercial e nada mais, deixando claro a distância política que mantinha; agora com Lula, o presidente Xí Jìnpíng o chamou de velho amigo da China e filosofou: amizade é como vinho, quanto mais tempo, melhor.

As cifras do mercado chinês com o Brasil, só para constar, estão sempre na casa dos bilhões de dólares e os principais produtos de importação são minério de ferro, soja, petróleo bruto, celulose, óleo de soja.

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