A China festeja duas conquistas em propulsão: cientistas da Universidade nacional de Tecnologia de Defesa lançou veículo em teste de levitação magnética (maglev) e chegou a 700km em apenas dois segundos numa linha de 400m; em Hubei, teste de trem maglev bateu 800km em 5,3 segundos.
As pesquisas são da área da defesa militar, então, se por um lado o projeto maglev pode revolucionar o transporte civil e comercial, tem mais a ver com o escudo bélico do continente.
Na prática, o que está sendo testado é tecnologia militar – a China já domina propulsão linear eletromagnética extrema, aceleração hipersônica em trilhos, testes de lançamentos assistido por trilho (launch assist).
O maglev seria o filtro tipo Photoshop para otimizar tudo – menos consumo de combustível, menos assinatura térmica inicial, maior alcance útil com tempo de resposta; pensando em míssil, dificultaria interceptação e estaria integrado com ogivas planadoras.
Pesquisa x Arma
Para o olhar civil, todo projeto de tecnologia potente é apresentado como pesquisa mas, é fato, por trás disso há o comando militar que tem o projeto como arma.
Os testes chineses (maglev) são em túneis tal qual os de mísseis, bancadas de lançamento e simulações. Cravar 700-800km/h não é o relevante: controle de aceleração e desaceleração e controle eletromagnético são os desafios.
Japão
Sim, a China está dando um aviso importante às pretensões bélicas do Japão que também é feroz nessa tecnologia. No entanto, a grande diferença entre os países é que o nipônico come na mão dos Estados Unidos – dependência tecnológica militar.
Se o Japão está mesmo empenhado em abrir fogo, a China avisa que a resposta será mais veloz do que a ajuda dos EUA. E sim, isso preocupa o governo americano – sabe que empurrar o Japão contra a China pode ser porta aberta para o controle de Taiwan, mas também sabe que pode perder além da conta.
