O ministro Luiz Fux posa como salvaguarda do bolsonarismo com a votação desta quarta-feira no Supremo Tribunal Federal que julga a trama golpista que ontem teve condenação do relator Alexandre de Moraes e do ministro Flavio Dino.
Fux desmonta o cenário do relator a quem cita várias vezes como acusação e, por fim, isenta Jair Bolsonaro e demais réus da trama. No mais, critica o próprio STF por esse julgamento ao reforçar questões dos advogados de defesa quanto a incompetência da Corte no caso.
E para pulverizar o trabalho apresentado por Alexandre de Moraes, o ministro resume que o processo tem prova documental desorganizada.
Quem acompanhou as defesas dos réus, não se impressionou com a votação de Fux. E ao dizer que não houve organização criminosa e ao votar pela absolvição ampla, foi como mandar um boxe direto para nocautear Moraes – que treina luta.
O ministro não vê nenhuma ação golpista, não vê ligação dos réus a 8 de janeiro, como também não vê nenhuma evidência no caso do Punhal Verde e Amarelo.
A extrema direita está celebrando e acende velas de esperança pelos voto da ministra Cármen Lúcia e do ministro Cristiano Zanin.
Ministro Luiz Fux
A acusação, em síntese, não indicou que os réus teriam se reunido para a prática de crimes indeterminados ou para uma série indeterminada de delitos, elemento necessário para a caracterização do crime de organização criminosa.
A duplicidade dos crimes do Estado Democrático de Direito revelou-se equivocado. Mesmo em tese, o delito de abolição violenta constitui-se como meio para outro delito, que é o golpe de Estado.
Eu julgo manifesta ausência de correspondência entre as condutas narradas na inicial e o tipo penal, o que não permite outro caminho se não o de julgar improcedente a acusação no que tange à acusação do crime de organização criminosa.
