O Audax tem um trabalho de excelência com as bases do futebol, trabalha a molecada desde o berçário e isso retorna em forma de grana gorda. Então, quanto ao masculino, a base na Vila Yolanda destaca-se como empreendimento de sucesso.
Mas quando o assunto é futebol feminino, hora de virar a chave porque o cenário é outro. Fato que o Audax está presente na Federação Paulista com duas categorias mas, também é fato, isso não significa que o feminino seja real.
A modalidade é temporã ou pontual no Audax, não há planejamento porque nem há departamento para isso. O expediente é terceirizado para esse ou aquele campeonato e só, nada além disso.
Significa que na realidade, o feminino não existe na Vila Yolanda – não há escolinha de formação, não há calendário anual enfim, não há.
AUDAX, AINDA BEM
Por outro lado, mesmo que tratando o feminino em modo pirata, ainda que bem o Audax se vira para mandar a campo as categorias sub 15 e sub 17.
A primeira disputou o Campeonato Paulista, classificou-se em quarto lugar no Grupo 1 com 12 pontos contando quatro vitórias e três derrotas, 10 gols contra 15; nas quartas de final pegou o Corinthians e foi eliminado.
A categoria sub 17 está alinhada para o Campeonato Paulista que começa em 30 de agosto, o que indica que o feminino segue na área da Vila Yolanda até o final do ano.
Então, por essas e outras, mesmo não tendo um departamento que legitime a função, ainda bem que o Audax se apresenta. Ano passado o Oeste Barueri chegou agitar o meio ao anunciar criação do feminino, realizou até peneiras mas parou aí, tiros de festim.
SUB 20 E BERÇÁRIO
Ainda sobre esse expediente pontual com o feminino: rola o Campeonato Paulista Sub 20 e o Audax não entrou. São dez clubes em campo desde abril, mas como não há departamento funcional na Vila Yolanda, essa categoria de referência não existe.
E partindo para a ponta extrema das bases, tem o berçário com crias a partir dos 10 aninhos. A Federação Paulista costuma fazer festivais para fomentar essas bases menores e o Audax até já participou.
Mas não é regular nisso, pois o feminino não faz parte da pauta da diretoria. Por exemplo: a agora FPF anuncia o Festival Sub 12 e o Festival Sub 14 e nada do Audax.
E por que o clube enxerta uma ou duas categorias na Federação Paulista por ano? É do interesse da cartolagem porque a presença no feminino reforça a estratégia mercantil junto a FPF, ou seja, gera importante monetização.
